Primeiramente,
torna-se pertinente sabermos a diferença entre dependência
alcoólica e abuso alcoólico. O primeiro conceito se refere a um
indivíduo que consome etanol apesar de possuir problemas físicos,
mentais e sociais advindos de tal ingestão e, além disso, a
ausência de consumo causa crise de abstinência (e outras),
mostrando, assim, uma pessoa dependente fisicamente e
psicologicamente do álcool. Enquanto que o segundo conceito
contempla um indivíduo que não possui quaisquer dependência, mas
quando ele faz uso de tal substância gera muitos problemas.
O
diagnóstico do alcoolismo é feito por Anamnese pelo médico, que
consiste em se fazer uma série de perguntas ao paciente e à
família com o objetivo de se traçar o perfil do indivíduo e, em
seguida, correlacioná-lo com a Síndrome de dependência alcoólica
(SDA). O médico, além disso, precisa realizar exames físicos, como
por exemplo a verificação de tremores nas extremidades digitais e
na língua. O paciente para ser alcoólico precisa apresentar algum
tipo de dependência física. Por fim, exames laboratoriais também
têm de ser executados, como o exame de líquido cefalorraquidiano e
uma pneumencefalografia, pois podem comprovar o diagnóstico.
A
seguir se encontra algumas perguntas, de 12, que são feitas ao
paciente a ser sondado por grupos de alcoólicos anônimos,
psicólogos e médicos:
"Já
tentou parar de beber por uma semana (ou mais), sem conseguir atingir
seu objetivo?"
"
Tomou algum trago pela manhã nos últimos doze meses?"
"Apesar
de prova em contrário, você continua afirmando que bebe quando quer
e para quando quer?"
A
SDA se apresenta em diversos graus e formas. A CID-10 traz a
classificação F10 – Transtornos mentais e de comportamento
decorrentes do uso de álcool, com as seguintes subdivisões [6] :
F10.0
– Intoxicação aguda
F10.1
– Uso nocivo
F10.2
– Síndrome de dependência
F10.3
– Estado de abstinência
F10.4
– Estado de abstinência com delirium
F10.5
– Transtorno psicótico
F10.6
– Síndrome amnésica
F10.7
– Transtorno psicótico residual e de início tardio
F10.8
– Outros transtornos mentais e de comportamento
F10.9
– Transtorno mental e de comportamento não-especificado
Diagnosticado
o alcoolismo, as intervenções para auxiliar o alcoólico consiste
em psicoterapias e farmacoterapias.
As
abordagens as quais as psicoterapais se dá, partem de auxílio
individual e auxílio de grupo.
Já
as intervenções em nível farmacológicos são feitas a partir do
uso das seguintes drogas:
Dissulfiram:
O Dissulfiram inibe irreversivelmente a enzima acetaldeído
desidrogenase , assim causando uma reação não prazerosa quando o
indivíduo consome álcool, haja vista que haverá acúmulo de
acetaldeído. Veja o esquema abaixo:
Naltrexona:
O consumo de etanol parece atuar positivamente sobre determinatos
tipos de receptores opioides e negativamente em outros. O sistema
opioide atua diretamente sobre o sistema de recompensa e está
associado ao desenvolvimento da dependência. Desse modo, a atuação
do Naltrexona antagoniza esses receptores, dissociando o prazer
do consumo de álcool.
Acamprosato:
Provavelmente, essa medicação reduz a recaptação do cálcio
induzida pelo glutamato nos neurônios, reduz os efeitos aversivos da
retirada do álcool, já que inibe alguns transmissores e
inibe,também, a hiperexcitabilidade cerebral do glutamato e a
atividade excitatória glutamatérgica.
Com
essa postagem, concluo minha parte nesse blog e declaro minhas
atividades encerradas. Espero que tenham gostado e feito um bom uso!
Por fim, agradeço ao meu grupo, ao Jonathan, nosso monitor e ao
professor Marcelo Hermes por essa incrível oportunidade =)
Bibliografia
PORTO,
Celmo Celeno. Semiologia Médica 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2005. [7]
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