Em maio de 2009, com apoio do Ministério da Saúde, foi lançada pela Polícia Rodoviária Federal a famosa "Lei Seca", que tornou as penalidades para infrações relacionadas à direção após o consumo de álcool mais rígidas e a fiscalização mais efetiva.
Mas quais são os riscos da direção após o consumo de bebidas alcoólicas? Como o álcool afeta a coordenação do motorista? Como funciona o "bafômetro"?
Traremos as respostas a essas perguntas a seguir:
O álcool aumenta muito o risco de acidentes no trânsito, visto que esse proporciona uma sensação de confiança aos motoristas, pelo efeito do álcool sobre neurotransmissores como as serotoninas e endorfinas. Além disso, prejudica a atenção, a percepção espacial e de velocidade e a coordenação. Com isso, o motorista sente-se apto a dirigir, frequentemente, de forma perigosa, o que muitas vezes resulta em acidentes. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 40% dos acidentes de trânsito graves estão relacionados à embriaguez. Teoricamente, nenhum nível de consumo de álcool é seguro quando associado à direção, mas, segundo a "Lei Seca", taxas de até 0,1mg/L (mg de álcool por litro de ar expelido) são toleradas, sendo essa taxa medida pelo bafômetro.
O álcool altera a comunicação entre os neurônios, devido ao estímulo depressor sobre diversos neurotransmissores, como o GABA e o glutamato, diminuindo as respostas do sistema nervoso central. As áreas do sistema nervoso mais afetadas pelo álcool são o cerebelo, responsável pela percepção espacial e do equilíbrio, e o córtex frontal, responsável pela coordenação motora. Como essas habilidades são essenciais para a direção, o motorista alcoolizado é inapto a dirigir de forma segura.
O bafômetro, instrumento utilizado para a medição da taxa de álcool ingerida pelos motoristas, tem seu funcionamento baseado em reações de oxirredução. O bafômetro mais comum é o descartável. Esse bafômetro é, basicamente, um tubo com uma mistura de dicromato de potássio e dióxido de silício em meio ácido. Quando o ar é expirado no
bafômetro há a oxidação do
etanol à etanal e a redução do dicromato a cromo (3 ou 2). O dicromato de potássio possui coloração laranja e o cromo possui coloração verde. Com isso, caso o motorista sopre o bafômetro e a coloração da mistura mude de laranja para verde, há a comprovação que esse ingeriu álcool, sendo a tonalidade da cor verde determinante quanto à quantidade de álcool ingerida, ou seja, quanto mais verde se tornar a mistura, mais álcool foi ingerido pelo motorista.
Bibliografia:
http://drvaldirribeirocampos.site.med.br/?PageName=-C1lcool-20e-20Dire-E7-E3o
http://destrave.cancaonova.com/bebida-e-direcao-uma-combinacao-fatal/
http://www.dprf.gov.br/PortalInternet/leiSeca.faces#faq7
http://www.cisa.org.br/artigo/229/alcool-sistema-nervoso-central.php
http://www.alunosonline.com.br/quimica/principio-quimico-bafometro.html
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