O etanol está ligado à produção de radicais livres de oxigênio no corpo humano, pois seu metabolismo e presença no organismo afetam bastante a homeostase e acabam por atuar em mecanismos importantes e que geram radicais livres.
Uma dessas atuações é a participação do álcool no metabolismo de purinas (proteínas heterocíclicas, tais como adenina e guanina):
XD
oxipurinas + NAD + H2O ----> ác. úrico + NADH
XO
oxipurinas + O2 + H2O ----> ác. úrico + O2- + H2O2
Etanol
XD---->XO
Dessa forma, o etanol atua sobre o metabolismo das purinas favorecendo o mecanismo de produção de peróxido de hidrogênio (H2O2) e de superóxido (O2-), importantes moléculas oxidativas.
O etanol também atua ativando a degradação de purinas, estando associado ao quadro de hiperuricemia e gota:
Devido ao aumento de degradação de ATP em AMP durante a transformação de etanol em acetil- CoA no metablismo do álcool, há um aumento de produção de hipoxantina. Esta segue o curso da reação das purinas e aumenta a produção de ácido úrico, causando o quadro de hiperuricemia, que está reacionado à gota.
O superóxido formado pela acção da XO pode reduzir o ferro da ferritina e liberá-lo:
Ferritina-Fe (III) + O2- ----> ferritina + O2+ Fe (II)
O ferro II então reage com peróxido de H e gera OH-.
A hidroxila atua na peroxidação de lipídios, que no testículo está relacionado com a atrofia testicular e infertilidade.
Bibliografia:
http://www.laboratoriobiolider.com.br/media/images/00002443_XANTINA%20E%20HIPOXANTINA.pdf
ÁLCOOL E RADICAIS LIVRES DE OXIGÊNIO
M. LURDES MIRA, C. F. MANSO Instituto de Química Fisiológica. Faculdade de Medicina. Lisboa
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